Trabalho híbrido – Nos últimos três anos, 74% dos trabalhadores brasileiros perceberam o crescimento da produtividade em suas empresas, sendo que quase metade destes afirmam que o aumento da performance da empresa e das equipes foi significantemente maior do que no período anterior à pandemia.
Essa percepção acerca da maior produtividade no Brasil se deu em regime de trabalho remoto ou híbrido. Esses números foram coletados pelo estudo Trabalho Reimaginado conduzido pela EY através de uma amostra composta por 400 entrevistados. De acordo com a pesquisa, aspectos que equilibram vida pessoal e profissional favorecem este cenário nas organizações.
42% dos entrevistados apontam o desequilíbrio entre a vida profissional e pessoal como o principal desafio na produtividade no ambiente de trabalho. Na sequência, o trajeto até o trabalho compreende 27% das respostas e, em terceiro lugar, a distração ocupa 25% dos votos. O modelo remoto ou híbrido se apresenta como uma solução a esses desafios, principalmente nas capitais, onde o trânsito e deslocamento tomam muito tempo dos trabalhadores, afetando a qualidade de vida e a vida pessoal destes.
“Já a distração está relacionada com a produtividade na medida em que deixa o colaborador sem foco ou com dificuldade para se concentrar em uma demanda, já que constantemente é interrompido por um e-mail, uma mensagem ou uma reunião. O presencial envolve ainda mais distração porque facilita a interação, que pode, muitas vezes, não ser produtiva”, diz Oliver Kamakura, sócio de consultoria em gestão de pessoas da EY para o Brasil.
“O mercado relaciona produtividade com número de entregas naquela famosa máxima de fazer mais com menos. Essa é uma forma de olhar a produtividade de forma incompleta. É importante considerar como o profissional chegou a determinado resultado. Isso porque a produtividade é consequência das iniciativas criadas para melhorar a capacidade de foco e de produção”, completa.
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Sendo assim, é preciso reavaliar a dinâmica diária do ambiente da empresa. A partir de uma avaliação, é possível observar se existe excesso de distrações no ambiente de trabalho ou se a empresa interfere excessivamente na produtividade individual, por exemplo, com reuniões para alinhar coisas simples. Além disso, tarefas que exigem maior foco precisam de um ambiente silencioso, o que muitas vezes não acontece na vivência de escritório.
Relacionamento
Ainda no estudo Trabalho Reimaginado, os próprios funcionários se autogerenciam sobre as tarefas que são primordiais presencialmente. Mas quando questionados sobre o que os motiva a estar no escritório, 37% respondem acerca da necessidade de estar socialmente integrados. Em segundo lugar, há predileção pela tecnologia disponibilizada pela empresa, mas as demais respostas são referentes à manutenção de relações e à colaboração com o time.
Em relação à produtividade, sete em cada 10 brasileiros consideram suas empresas mais produtivas com a adoção do modelo híbrido.
Engajamento
A simplificação do dia a dia e a priorização de tarefas são medidas essenciais para manter a satisfação dos colaboradores.
“Muitas empresas perguntam sobre como engajar seus colaboradores. É preciso em primeiro lugar ter clareza sobre o que ela tem que fazer nos negócios, definindo os objetivos de cada área. Depois disso, clareza sobre o que esperam dos funcionários. E, por fim, clareza sobre como promover o mínimo entrosamento entre os funcionários para que haja colaboração entre eles”, diz Oliver.
“Ao mesmo tempo, a empresa precisa comunicar esses direcionamentos, alinhando as iniciativas a critérios claros e objetivos que se aplicam a toda a organização”, finaliza.
Mudança de emprego
Num estudo conduzido pela BossaBox, 79% dos entrevistados afirmaram que mudariam de emprego caso houvesse necessidade de voltar 100% ao modelo presencial. Flexibilidade, otimização do tempo e conforto de trabalhar de qualquer lugar são pilares decisivos para manter a produtividade da equipe.
João Zanocelo, Cofundador e Head de Produtos e Marketing da BossaBox deixa 3 conselhos para potencializar o rendimento do time: Incentivo à organização de rotina, criação de um ambiente agradável e criação de networking entre equipes.
Estudo abrangente
Em sua quarta edição, o estudo entrevistou mais de 17 mil funcionários e 1.575 empregadores em 22 países e 25 setores industriais. Foram mapeados diversos temas relacionados a esse universo, que tem se transformado nos últimos anos com a ascensão de novos modelos de trabalho e da tecnologia.
Na amostra brasileira formada por 400 respondentes (empregados e empregadores), 60% das empresas têm entre mil e dez mil funcionários; 76% dos entrevistados fazem parte das gerações Y e Z; e 71% das empresas mantêm operações em até quatro países.
(Fonte: TIInside e Segs)
(Foto: Reprodução)
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