Federação Nacional dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação

Trabalhadores da Cobra reivindicam PLR 100% linear para a categoria

Proposta da empresa inclui distribuição linear de 80% dos lucros e resultados; trabalhadores também requereram pagamentos em reunião de pendências
Durante a segunda mesa de negociação realizada segunda-feira, 25, em Brasília, a empresa Cobra Tecnologia apresentou documento referente à PLR 2016, contendo as metas a serem alcançadas, critérios de elegibilidade para o pagamento do benefício aos trabalhadores.
De acordo com o documento, a forma de distribuição proposta pela Cobra foi de que fosse distribuído, no máximo, 80% dos lucros e resultados da empresa de forma linear; os outros 20% seriam distribuídos de forma variável, ou seja, o valor seria pago de acordo com a responsabilidade dos cargos dos trabalhadores.
Segundo o diretor do Sindpd, Celso Lopes, que acompanhou o processo de negociação em Brasília, a empresa pagou PLR em 2012, 2013 e 2014 sem acordo com o Sindicato. “Daí então eles precisaram de um acordo com o sindicato, que assinou linearidade em 2015, ou seja, quando eles precisaram eles toparam, e agora querem mudar a regra do jogo de novo? Por quê?”, contou o diretor do Sindpd.
Apesar da insistência da empresa na proposta, a representação dos trabalhadores registrou em ata a possibilidade, com base na PLR de 2015, do pagamento linear da Participação nos Lucros e/ou Resultados a todos os trabalhadores. Eles afirmam que tem a intenção de avançar nas negociações, no entanto reforçaram que a distribuição linear da PLR é o melhor caminho para reconhecer e valorizar os funcionários.
Em reunião de pendência, trabalhadores cobram reajustes da Cobra
No dia seguinte (26), a empresa Cobra Tecnologia e a Fenadados se reuniram novamente para tratar de pendências referentes à compensação dos dias/horas de greve; aplicação de reajuste na Cesta Natalina; aplicação do Vale Cultura a partir de 1º/10/2014; implementação do Plano de Previdência; vale-transporte; Cláusula 49ª – Normas Administrativas e reunião específica do plano de saúde.
O diretor do Sindpd Celso Lopes contou que a empresa não está repassando os valores de reajuste e que os trabalhadores precisam saber a resposta da Cobra para a representação da categoria decidir qual o caminho que deverá ser tomado, não excluindo a possibilidade de tomar o caminho judicial. “Temos que garantir o direito do trabalhador do repasse de alguns índices que eles [Cobra Tecnologia] não estão pagando adequadamente”, relatou.
O valor pago pela cesta natalina no fim de 2015 também não correspondeu ao acordado entre as partes em assembleias, que era de aumento de 10,4%. A representação aguarda data do pagamento referente à aplicação do reajuste.
Sobre os outros temas pendentes, a Cobra afirmou que todos serão analisados em âmbito administrativo ou sofrerão avaliação para efeito de reajustes. Com novas reuniões agendadas, a representação dos trabalhadores espera ter respostas positivas da empresa.

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