IA vai gerar empregos? – O mercado de trabalho brasileiro está em profunda transformação motivado pela ascensão da Inteligência Artificial (IA). Um estudo da Microsoft e Edelman aponta que 74% das empresas adotaram a IA em 2023, superando a marca de 61% em 2022.
O crescimento dessa inovação pode ser assustador a princípio. É natural que, diante de um cenário disruptivo, haja o temor pela substituição da mão de obra por robôs, um cenário construído no imaginário global há muito tempo pela indústria cinematográfica. No entanto, a revolução digital veio para ficar e apresenta perspectivas promissoras, uma vez que abre as portas para melhores oportunidades de emprego.
“A IA irá permitir automatizar tarefas repetitivas e liberar os colaboradores para atividades mais estratégicas e criativas, o que está impulsionando o surgimento de novas funções, que exigem habilidades avançadas e proporcionam um maior valor agregado”, avalia Frederico Stockchneider, diretor de projetos na InfoWorker Tecnologia e Treinamento.
Apesar das preocupações fundamentais em relação à queda nas oportunidades de emprego, as últimas pesquisas apontam o caminho contrário. De acordo com um estudo da Gartner, a IA criará cerca de 2 milhões de empregos no próximo ano, especialmente porque essa tecnologia demanda supervisão, treinamento e manutenção humanos.
Ademais, a inteligência artificial também é uma aliada no aumento da produtividade, o que, por sua vez, leva à geração de novos cargos. Empresas que complementam a capacidade analítica e criativa da mente humana com suporte da IA, por exemplo, notaram aumentos de produtividade de quase 70%. Desta forma, há uma proteção aos empregos existentes, além da criação de novas posições no mercado.
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Entretanto, a incorporação dessa tecnologia nos ambientes corporativos não é uma tarefa simples. A Pure Storage encabeçou uma pesquisa em parceria com o MIT Technology Review que identificou três grandes desafios na adoção da IA pelas empresas da América Latina. Entre essas dificuldades, estão: alto custo de implementação da tecnologia, necessidade de maior envolvimento dos stakeholders e infraestrutura insuficiente para a gestão de dados.
Stockchneider identifica que a combinação de orçamento reduzido com a escassez de talentos representa um grande obstáculo especialmente no Brasil. De acordo com o estudo Transformação Digital e Líderes de Negócios conduzido pelo instituto Data-Makers, 46% dos líderes corporativos levantam a ausência de mão-de-obra especializada como a principal barreira para a digitalização total, enquanto 37% atribuem a dificuldade à baixa familiaridade com os temas relacionados.
Sem profissionais com a qualificação adequada e conhecimentos técnicos avançados, como ciência da computação e análise de dados, muitas empresas tendem a enfrentar tais dificuldades na implementação e manutenção das soluções em Inteligência Artificial. O especialista afirma que a superação desses desafios pelas empresas depende fundamentalmente do investimento em capacitação profissional e no desenvolvimento de infraestrutura adequada para que se tornem competitivas no num mercado cada vez mais digitalizado.
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(Fonte: TIInside)
(Foto: Reprodução)
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