Mesmo após quatro dias de greve, empresa continua resistindo às tentativas de fechamento de acordo
Nesta quinta-feira, 24, aconteceu a 7ª mesa de negociação na sede da Cobra Tecnologia, em Brasília, entre a FEITTINF e a empresa para definir questões relacionadas às cláusulas econômicas e ao reajuste salarial dos mais de 600 trabalhadores do estado de São Paulo.
Na ocasião, Paulo Roberto de Oliveira, diretor de Políticas Sindicais da FEITTINF e secretário de finanças do Sindpd, o representante da OLT Enver Padovozzi Ferreira e o advogado José Eduardo Furlanetto analisaram e debateram a proposta apresentada pela Cobra.
No entanto, mais uma vez em direção ao retrocesso, a Cobra permanece inflexível às necessidades expostas pelos trabalhadores, e o acordo não foi firmado.
Proposta da Cobra
A empresa se recusou a conceder o reajuste retroativo à data base de 1º de outubro, o que significa oito meses sem qualquer reajuste, além de oferecer o percentual de 1,63% do INPC sem qualquer aumento real.
A proposta foi muito inferior às reivindicações apresentadas pela Federação. Além disso, a Cobra propôs reduzir a complementação salarial e retirar a cláusula que trata do pagamento da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), uma das mais importantes conquistas da categoria.
A empresa afirma, na ata, que “os esforços para apresentar uma proposta com índice econômico foram realizados” e pede para que os trabalhadores “retornem imediatamente às suas atividades nas localidades em greve”. Contra o retrocesso e o assédio da empresa contra os trabalhadores, a FEITTINF segue mantendo a greve dos trabalhadores e deve seguir para o ajuizamento de dissídio coletivo.
Clique aqui e confira a ata da 7ª mesa de negociação.
Greve resiste
Após decisão unânime em assembleia realizada no dia 15 de maio, os trabalhadores da Cobra aderiram à greve por tempo indeterminado e, desde o dia 21 de maio, seguem firmes contra a postura apresentada pela empresa em mais esta negociação.
No entanto, nesta sexta-feira, 25, às 10h, será realizada assembleia na porta da BB Tecnologia, quando os trabalhadores devem alinhar quais diretrizes seguir na busca pelos seus direitos, equivocadamente, alvo de contestação por parte da Cobra.
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